quarta-feira, 11 de julho de 2012

Trecho do nosso livro



"Rodrigo esteve leve, como se flutuasse. Sentiu tremores ao perceber a profundidade das palavras de Yana, e uma vontade incontrolável de externar o quanto sofrera esperando por ela. Segurando suas mãos entre as dele, aperto-as com firmeza e se perdeu nos olhos dela, desvendando os segredos daquela alma tão conhecida e amada.


-Senhora do meu coração e do meu destino,
Depois de tantas vidas em sua companhia,
Estive perdido sem você,
e vaguei pelos mares à sua procura.
Agora que finalmente a encontrei,
Transbordo de felicidade.
Você completa a minha existência.
Vibro com a tua energia
E me alimento da tua luz."


terça-feira, 15 de março de 2011

Retornando aos poucos



Invictus


Out of the night that covers me,

Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

William Ernest Henley

terça-feira, 8 de junho de 2010

Romance
“A Magia do Amuleto” – Cristina Brandão e Márcia Figueiredo

Na Amazônia do séc. XVII, uma aldeia constituída por mulheres é invadida por conquistadores espanhois. Aprisionados, eles veem seu destino entrelaçado aos das guerreiras. Ao se libertarem, seus antigos valores serão questionados, e suas vidas sofrerão uma profunda mudança. Batalhas serão travadas, a morte se espalhará, culturas desaparecerão. Mas o caminho da devastação perderá o sentido para quem se deixar envolver pela Magia do Amuleto.
Yana está destinada a ser a sacerdotisa de sua aldeia, e Rodrigo, capitão espanhol do galeão "La Concepción", está disposto a tudo pelo ouro da Amazônia... Até que os mistérios do lugar e a magia do amuleto os une, levando-os a participar de um ritual na Lagoa Sagrada.
Naquela noite de lua cheia,"o guerreiro do fogo veio unir-se à senhora da terra, e o fruto daquela união encontraria respostas até então perdidas no tempo. E assim, o desejo vivenciado em séculos de paixão condensou-se em um momento único..."
Surge, então, uma história de amor inebriante, que mescla aventura e magia em uma trama marcada pelo conflito existencial de dois personagens cativantes.


As autoras

Cristina Brandão é maranhense, formada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão e pós-graduada em Serviço Social Contemporâneo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Durante alguns anos trabalhou em uma empresa de construção civil, dedicando-se ao trabalho voluntário.


Márcia Figueiredo é carioca, formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dedicou-se ao magistério e pesquisa durante doze anos. Com o tempo, a antiga paixão pela escrita retornou, e poesias, contos e crônicas voltaram a fazer parte de seu cotidiano.

Conheceram-se em um curso de Artes Plásticas, desenvolvendo o gosto pela pintura a óleo. Mais tarde, uniram-se à outra amiga, criando uma microempresa de restauração e pintura de esculturas e santos barrocos, que se dissolveu após três anos de trabalho. Buscando um desafio maior em suas vidas, Cristina e Márcia partiram para a execução do projeto deste livro, que existia já há algum tempo: “ Tudo começou com uma ideia, e aos poucos deixamos nossa intuição nos levar pelo caminho do sonho de escrever um romance. Ousamos, e fomos além do que jamais poderíamos imaginar... Foram dois anos de trabalho e de muitas descobertas. Ficamos fascinadas por este tema, e esperamos que a magia da floresta toque seus corações.”

14/11/2008



Pedras foram jogadas ao longo do caminho, na tentativa de dificultar a jornada que tínhamos pela frente. Caíamos... Sofríamos... Mas ao final, reerguíamos a cabeça e íamos seguindo nossa intuição! Caneta, papel, anotações e o computador eram nossos aliados das (parcas) horas que nos dedicávamos à árdua e prazerosa tarefa da escrita. As ideias germinavam em nossas mentes, procurando com avidez se fixarem ao papel. O tempo não era suficiente... As horas corriam sem freios... As solicitações caseiras, sempre prioritárias, cortavam como navalhas o encadeamento da trama, em nosso momento de criação. A perseverança sempre nos deu forças para continuarmos o projeto da "Magia do Amuleto", e os "nãos" nunca foram levados em consideração. A conspiração das forças do universo nos impulsionavam, cada vez mais e mais... E a história das índias guerreiras fluía como se houvéssemos a tudo vivenciado: angústias, alegrias, orgulho, medo, coragem... Nos tornamos personagens de nossa própria imaginação! É difícil para quem não escreve, entender todo o processo de construção e reconstrução que cada personagem precisa passar ao longo de páginas e páginas de registros de cada cena. O descrédito de algumas pessoas continuava a nos incomodar, embora a história já estivesse concluída. Entretanto, a nossa certeza nos sinalizava o contrário, afirmando intimamente: sigam... as pedras do caminho lhes ajudarão na solidez de seus sonhos! Palavras soltas ao vento, não têm valor; vale o que está escrito! Vale o que trouxe à tona palavras adormecidas no fundo da sua alma, do seu eu lírico... O livro será editado, sim! A história que nos foi passada será difundida! E os sonhos contidos nas entrelinhas serão realidade, para os leitores que penetrarem na Amazônia encantada de Yana e Rodrigo. A Magia do Amuleto nos apresenta um mundo onde o impossível... jamais teve chance de não existir! A possibilidade do ser ou não ser torna essa trama mágica!

08/10/2008




Ontem pela manhã, colocamos o livro corrigido no Sedex. Parece até que escrevemos um segundo livro, aliás, parece que foi o vigésimo!!!!! A cada correção, tínhamos a sensação de que poderíamos contar as coisas de uma outra forma, e começávamos a mudar...a mudar... Até que o tempo falou mais alto e nos demos conta de que tínhamos que terminar essa inglória tarefa: corrigir o que nós mesmas escrevemos!
Nesse momento nos deparamos com todos os sentimentos que afloraram em diversas fases no desenrolar da trama - a chatice inicial da protagonista nos deu vontade de matá-la no terceiro capítulo: ao invés de se parecer uma nativa guerreira da Amazônia, assemelhava-se mais a uma Barbie na Inglaterra do século XVII. Nooooooossssssa! O que fazer?
Ei, peraí! Nesse exato instante acabamos de perceber qual foi o nosso maior desafio: a reconstrução da personalidade da protagonista. Só depois de muito discutir, analisar e escrever, conseguimos o que queríamos: uma mulher apaixonada, impedida de viver esse amor para seguir costumes pré-estabelecidos que norteavam sua vida.
O segundo grande entrave foi o vilão: ele não queria ser do Mal. Por mais que tentássemos, ele sempre era o poderoso da cena. Bonito, forte, selvagem, e extremamente s e n s u a l! hahahahaahahahahah Imaginem: como conseguir fazer uma pessoa com estas qualidades não ser o herói? Paramos e falamos abertamente com ele: -Chega! Não saia mais da página, fique no seu papel. E aceite seu destino!!!
E o que vocês achariam se lhes contássemos que o Matias de Albuquerque, sim, aquele mesmo, o governador-geral da capitania de Pernambuco, era um grande amigo do nosso capitão? Ah, isso podia ter acontecido, sim, mas e o dilema? Coloca o nome dele? Só citamos a situação? Ao lerem, vocês entenderão o que dissemos.
Foram tantas indagações, que poderíamos ficar o dia inteiro escrevendo! Na verdade, o único personagem que não nos deu trabalho (e foram mais de 25!) foi o capitão espanhol. Ele nasceu e cresceu pronto para o que quer que escrevêssemos. Que satisfação vê-lo nadar nu na cachoeira de Anavilhanas!!!!! Uma visão que vocês também terão ao ler as páginas do nosso livro.
Até a próxima!

Cristina e Márcia

10/09/2008

O livro já está pronto! Depois de dois anos trabalhando com afinco e dedicação, apesar dos inúmeros obstáculos, finalmente fechamos um ciclo: "A Magia do Amuleto". Registramos nossa obra junto à Biblioteca Nacional, e saímos de lá nos julgando "as escritoras". Fomos comemorar com chopp e galeto (isso foi antes da lei seca...).
Tivemos a certeza de que a história agradaria a todos os apreciadores do gênero romântico. E começamos a saga da busca pelas editoras.

1ªtentativa: Apoio dos amigos
Resolvemos entregar a obra para uma pessoa amiga, que iria encaminhá-la a um conhecido de uma renomada editora. Fiasco total. Depois de três meses aguardando, solicitamos a devolução da obra. E imagine a nossa decepção ao percebermos que, além de não ter sido "aprovada", ela não recebera nenhuma anotação sobre o motivo da não publicação. E uma ligeira desconfiança até hoje ronda nossos pensamentos: "Será que alguém leu?" Tudo bem. O caminho ainda não era esse.

2ªtentativa: Publicação independente.
Decidimos. O caminho era uma "publicação independente". Encontramos vários editores independentes na internet, e optamos por um que estava estabelecido no centro de nossa cidade. Marcamos a entrevista e fomos até lá. O trabalho tinha uma qualidade excelente, e o editor nos pareceu uma pessoa séria. Mas o preço final foi um balde de água fria no nosso entusiasmo. Teríamos que fechar o contrato em mil exemplares, chegando próximo aos dez mil reais. Se optássemos por uma tiragem menor, o custo unitário seria inviável. Detalhe: nossos maridos sempre foram contrários ao nosso trabalho, e não possuíamos outra fonte de renda. Entendam: (é duro assumir pública e bloguemente essa terrível situação) somos teúdas e manteúdas tentando penetrar no mundo dos fardões. Pelo menos, a metade da idade a gente já têm...

3ªtentativa: Cadastro Virtual
Descobrimos através da nossa grande aliada - A INTERNET, que poderíamos nos cadastrar em um site que atuava junto a editoras, servindo de intermediário em um processo seletivo para os escritores. Ficávamos expostos como em uma vitrine, com a sinopse do livro e uma parte dele sendo avaliados pelos interessados. Após quinze dias, oito editoras haviam lido parte do livro, e três entraram em contato, solicitando a obra completa. Estávamos nas nuvens. Avaliamos as propostas.
1ª Uma editora que custeava 50% da produção. Não queríamos; a 2ª prometeu mundos e fundos, oferecendo um lugar em uma prateleira virtual, onde, pela bagatela de menos de três reais(sendo que tínhamos direito a 20% desse valor), as pessoas poderiam ler nosso livro pelo computador. Como controlar isso? Enquanto alimentávamos a dúvida, surgiu uma oferta mais tentadora: uma autopublicação, onde pagaríamos um preço razoável pela editoração do livro, e ele seria comercializado pela internet, no site da editora.
E aqui estamos: nosso livro está no forno. Esperamos que ele não seja incinerado...